Endomarketing: o caminho para atrair e reter bons colaboradores, fidelizando clientes.
Muitos empresários se perguntam porquê ninguém nunca faz o que se pede. Os colaboradores se questionam porquê a diretoria resolveu investir ou eleger uma prioridade ao invés daquela já discutida várias vezes nas reuniões. Outra hora é a vez do cliente ter dúvidas quanto à autenticidade da propaganda de uma empresa, se um conhecido que trabalha nela vive criticando os produtos, os processos e os serviços. O que será que falta à empresa, aos colaboradores e clientes? Bem, afirmo que falta comunicação e um bom plano de endomarketing.
Nos dias 10 e 11 de fevereiro, na Associação Comercial e Industrial de Itaberaí, Goiás, Gisella Mandaro, em parceria com a Qualificar, realizou o módulo que explica justamente este embrólio. “Quando a diretoria não determina a missão, a visão, os valores e sua política de qualidade, a cultura organizacional é confusa, surgem lideranças informais, os gerentes batem a cabeça e ninguém se entende. É preciso dar a direção e mostrar como realizar cada processo. Para isto, a empresa deve criar o seu plano de endomarketing e investir na comunicação interna”, explicou a instrutora do curso de RH promovido pela Qualificar.
Este processo não ocorre do dia para noite porque envolve a comunicação nos diferentes níveis da organização. Antes da comunicação, vem o planejamento considerando o público alvo, a mensagem e os canais formais para correta interpretação do que foi dito. Numa empresa, o dono nunca pode partir do princípio de que todos sabem ou deveriam saber sobre este ou aquele assunto. Cabe a empresa se certificar de que todos os diferentes públicos no qual ela tem relações compreendeu a mensagem, interagiu e reagiu positivamente. “A empresa é responsável pela formação do colaborador no que diz respeito à sua cultura organizacional. Muitas vezes, o recém-contratado cai de paraquedas na empresa e já começa a executar uma tarefa, sem que ninguém o oriente porque fazer, como fazer, quando fazer, a quem questionar. Não me admiro que a maioria vai achar que está fazendo o certo, já que também não recebe feedback”, concluiu a instrutora.
A comunicação interna não sobe degraus. Isto é, nasce no nível estratégico, passa pelo tático e chega ao operacional. À medida que desce os degraus precisa ser traduzida e adequada sem prejuízo de se perder, como ocorre na brincadeira do telefone sem fio. Outro erro não menos gritante, é a direção achar que basta falar uma única vez para tudo ocorra a contento. Se isto fosse verdade, não veríamos tantas vezes na TV ou em outros veículos os repetidos anúncios. Existe uma razão para se repetir: sem a repetição não haveria memorização. E sem vivenciar o que se ouve, vê, fala, sente, o indivíduo adulto perde a capacidade de aprender. Na ânsia de resolver as questões do cotidiano passa a remar sem saber ao certo se está seguindo a direção correta. E todo mundo sabe que se dentro de um barco cada remador rema para um lado, o barco ficará em círculos e corre o risco de ir à deriva.
Para que ninguém fique em dúvida: Endomarketing é o casamento do RH estratégico com a criatividade das ferramentas do Marketing para envolver, sensibilizar e fazer com que os colaboradores se apaixonem pela empresa, por seus produtos, marca, serviços e façam a diferença, encantando os clientes externos. Um bom plano de endomarketing abraça as ferramentas do Marketing de Relacionamento, visando fidelizar clientes externos. Se a empresa tem bons benefícios, política de remuneração justa, se ela proporciona crescimento, a boa imagem precederá qualquer anúncio de contratação. A empresa será cobiçada por excelentes profissionais. E tudo isto, precisa constar no plano de endomarketing. Afinal, festinha, eventos internos e treinamentos também fazem parte. Mas não significa que seja só isso. Não basta, diretores, içar as velas. Em se tratando de endomarketing é imperativo que a organização aponte a direção, trabalhando a favor da retenção de talentos e da fidelização dos clientes.
